quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pocket Monsters Best Wishes!

Pocket Monsters Best Wishes!


Pokémon ganha um reboot. Novo lugar, novos ares.

Em 2010, houve a estreia de Best Wishes!, uma nova série de Pokémon, o que não seria novidade para ninguém, uma vez que a franquia Pokémon é poderosíssima no mundo inteiro e, terminando uma série, claro que outra viria em seguida. No entanto, Best Wishes! surpreende logo de cara ao propor um reboot na série. Aqui, Ash perde para treinadores iniciantes, a Equipe Rocket – por boa parte do anime – deixa de ser aquela que só tem como objetivo pegar o Pikachu, e, sobretudo, em Best Wishes! não há mistura de gerações. A proposta é renovar a fórmula, dar novos ares para a franquia e se ajustar à audiência atual.
E nisso é impecável. Ao agregar cada vez mais conceitos dos jogos (centros de batalha, berries, etc.), o anime ganha uma dinâmica maior, além de isso contribuir para uma quebra da mesmice que uma história episódica, principalmente sendo Pokémon, pode cair. Também para a renovação da fórmula, a Equipe Rocket recebe uma nova missão. A organização que é a clássica antagonista desta história começa a arquitetar um plano secreto que necessita de ferramentas diversas.

Ao mesmo tempo que isso foi bom para um reboot, as aparições de Jessie, James e Meowth ficam soltas durante os episódios, pois na maioria das vezes não há ligação com a história de Ash e companhia. Além disso, devido aos terremotos que ocorreram no Japão, dois episódios fundamentais para a história dos Rocket foram cancelados, acabando com toda a construção feita em vinte e dois episódios do anime. Após este incidente, voltam, por um curto período de tempo, a ser os personagens de antes, indo atrás de Pikachu. No entanto, isso é breve e retomam a fazer planos malignos posteriormente. Há uma quebra de ritmo e roteiro infelizmente necessária.
Não poderia falar de Best Wishes! sem elogiar a ótima quinta geração de Monstros de Bolso. Criticada por nostálgicos, é o que o seu público quer: algo diferente, inusitado. Sim, temos nessa geração um pokémon originado de um saco de lixo que entrou em contato com material nuclear. Mas também temos na primeira geração um muco com olhos e boca. Os monstros continuam na mesma linha, só adaptando ao que seu público demanda. As crianças de hoje em dia não são as mesmas do final da década de noventa.

O time de protagonistas dessa quarta série de Pokémon é o destaque do anime. Iris, com seu sonho de se tornar uma Dragon Master, adiciona um drama na quantidade certa a essa história. Além disso, quebra a mesmice de Ash, que poderia cansar depois de quase 700 episódios sendo o mesmo de sempre. Tendo dois extremos em um grupo, nada melhor do que ter um outro membro para equilibrar. É aí que entra Dento, com toda a sua singularidade; tem o importante papel de substituir Brock e faz isso muito bem. Se Brock era mulherengo e exaltado, Dento é… exótico. São personagens que funcionam perfeitamente juntos, sendo o grupo mais carismático da franquia. A química destes três protagonistas é o que faz Best Wishes! ser tão bom.
É fato que o espectador comum ignora Pokémon por ser infantil, “mais do mesmo”. Preferem manter como uma memória da infância. E realmente, não é para todos. A estrutura narrativa se repete com certa frequência, o que cansa. Mas são breves momentos que acabam por não estragar a experiência total. Os protagonistas, os antagonistas e o universo acabam por tornar o anime uma obra extremamente agradável de ser assistida.

É comercial, é infantil, às vezes se repete, mas isso não o deixa menos divertido ou com menos personalidade. Pocket Monster Best Wishes! é a melhor série de Pokémon. Best wishes para a segunda temporada ser tão boa – ou melhor – quanto a primeira!
O Bom: Dinamismo; Protagonistas; Diversão; Tentativa de ser diferente; Drama na quantidade adequada.
O Ruim: Às vezes cansativo; Equipe Rocket inconstante; Plot Roquet x Plasma censurado devido ao terremoto; Não é para todos.

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